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Testes Orais de Tolerância à Glicose (TOTGs)

TOTGs

Prezado(a) Doutor(a),

Os testes orais de tolerância à glicose (TOTGs) são largamente empregados como testes provocativos na investigação dos estados hiperglicêmicos e hipoglicêmicos. A principal aplicabilidade do teste oral de tolerância à glicose se refere ao diagnóstico do diabetes mellitus. A dosagem da glicemia 2 horas após a administração de 75 g de glicose anidra (82,5 g de dextrosol) é uma ferramenta importante na avaliação diagnóstica dos estados hiperglicêmicos, juntamente com as dosagens de glicemia de jejum e glicohemoglobina (A1c). O rastreamento do diabetes gestacional também é realizado através do TOTG, podendo ser realizado em uma ou duas fases. A dosagem da glicemia nos tempos basal, 60 e 120 minutos após a administração de 75 g de glicose anidra permite que o diagnóstico seja realizado de forma simples e precisa. O rastreamento com 50 g de glicose anidra, quando positivo, deve ser seguido da curva de tolerância à glicose de O’ Sullivan e Mahan (coletas basal, 60, 120 e 180 minutos após administração de 100 g de glicose anidra). Os TOTGs têm sido cada vez menos utilizados na investigação da hipoglicemia reativa (ou pósprandial). O termo hipoglicemia reativa não deve ser considerado um diagnóstico em si, mas sim um descritor do momento da ocorrência da hipoglicemia. Hipoglicemia autoimune, hipoglicemia após cirurgia bariátrica e hipoglicemia hiperinsulinêmica pancreatogênica nãoinsulinoma (NIPHS) são condições que podem cursar, predominantemente, com hipoglicemia no estado pós-prandial. A constatação de hipoglicemia reativa não pode ser firmada apenas pela presença de sintomas simpatoadrenérgicos no período pós-prandial. Recomenda-se, inicialmente, a medida da glicemia por coleta de sangue venoso no momento que o paciente apresenta, espontaneamente, os sintomas sugestivos de hipoglicemia. A maior parte dos pacientes com sintomas simpatoadrenérgicos no período pós-prandial apresenta níveis glicêmicos normais ao realizarem esta dosagem. O aprofundamento diagnóstico da hipoglicemia reativa deve ser reservado aos pacientes portadores da tríade de Whipple (sintomas consistentes com hipoglicemia + glicemia plasmática ou sérica < 50 mg/dl + melhora dos sintomas hipoglicêmicos após a normalização da glicemia) e aos pacientes com sintomas neuroglicopênicos (letargia, confusão mental, visão turva, convulsões ou coma) no período pós-prandial. Neste caso, estes pacientes devem ser submetidos ao teste de tolerância à refeição mista, que consiste na dosagem de glicemia, insulina, peptídeo C e pró-insulina em condições basais e a cada 30 minutos por 5 horas após a ingestão de refeição mista (solução líquida de Sustagen). A glicemia é dosada em todas as amostras e os demais analitos apenas se a glicemia plasmática se mostrar < 60 mg/dl. Adicionalmente, as dosagens de meglitinida, sulfonilureia e de anticorpos antiinsulina devem ser realizadas, se confirmada a tríade de Whipple.

 
Fonte:
Dr. Willian Pedrosa de Lima CRM 25.980
Dra. Juliana Deaudette Drummond CRM 31.830
Istituto de Patologia Clínica - Hermes Pardini

Seleção de Artigo:
Dr. Ricardo Florian Mottin CRF 5.817
Laboratório Mottin
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