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OSTEOPOROSE

A osteoporose é uma doença caracterizada por redução da massa e deterioracão da microarquitetura do osso, com conseqüente aumento da fragilidade óssea e susceptibilidade a fraturas; pode se desenvolver devido a vários fatores, incluindo: constitucionais, etários, genéticos, hormonais, estilo de vida e doenças.
Classifica-se a osteoporose de acordo com o processo fisiopatológico subjacente. A osteoporose primária refere-se ao processo que resulta da perda óssea relacionada à menopausa, nas mulheres, ou à idade, em ambos os sexos. Na osteoporose pós-menopausa ocorre aumento da reabsorção óssea por diminuição dos níveis de estradiol, o que leva a aumento da secreção de citocinas, estímulo dos osteoclastos e perda óssea. Na osteoporose senil ocorre diminuição da formação óssea, decorrente do processo de envelhecimento.
A osteoporose secundária resulta da perda óssea causada ou exacerbada por doenças ou medicações. Suspeita-se desta forma, quando ocorre em:
  • mulheres pré-menopausa;
  • homens com idade inferior a 70 anos;
  • em ambos os sexos quando (1) há história de fraturas após trauma mínimo, principalmente se em jovens, (2) na ausência de fatores de risco ocorre com doenças sabidamente associadas a osteoporose e (3) piora de osteoporose previamente diagnosticada em paciente em tratamento.
  • A investigação laboratorial visa estabelecer o diagnóstico diferencial entre osteoporose primária e secundária, de modo a selecionar o tratamento adequado a cada condição.
    Os principais fatores de risco para osteoporose são: sexo feminino, hipogonadismo primário/secundário, amenorréia primária/secundária, Índice de Massa Corpórea <19 kg/m2 em paciente > 25 anos, etnia caucasiana ou oriental, idade > 65/70 anos, história familiar, menopausa precoce e nuliparidade.
    Entre as doenças que cursam com perda de massa óssea pode-se incluir o hiperparatireoidismo, hipertireoidismo, deficiência de hormônio de crescimento, hipercortisolismo, hiprerprolactinemia, acromegalia, anorexia nervosa, síndromes de má-absorção, doença hepática ou renal, pós-gastrectomia, doenças do colágeno, neoplasias, hemocromatose. Outras situações clínicas como o tabagismo, alcoolismo, consumo excessivo de cafeína, sedentarismo/imobilização, dieta pobre em cálcio; dieta pobre em vitamina D ou pouca exposição ao sol, história de fratura prévia, fratura de fêmur em familiar de primeiro grau, uso de medicações glicocorticóides, hormônios tireoidianos, anticonvulsivantes (fenitoína, carbamazepina, fenobarbital), heparina, ciclosporina A, análogos do GnRH, agentes antiretrovirais, quimioterapia levando a hipogonadismo, excesso de vitamina A, excesso de vitamina D, metorexate, furosemida, medicamentos que aumentam prolactina (metoclopramida, antidepressivos, lítio) podem estar associadas à osteoporose.Becker C. Clinical evaluation for osteoporosis. Clinics in Geriatric Medicine, 2003, 19 (2): 299-320.
    Brown JP, Josse RC. Clinical practice guidelines for the diagnosis and management of osteoporosis in Canada. Canadian Med Assoc J, 2002, 16



    Fonte: Laboratório Álvaro